CRIAÇÃO IMAGINARIUS
Duração: 60 m
Data: 27, 28 e 29 Maio
Criação Imaginarius
A quem pertencem as histórias populares? Os contos, os cantos? A quem criou, a quem transmitiu, ou a quem ainda hoje conta e canta aquelas histórias, ou mesmo ao povo?
E se uma história popular nasce no ano 2010, a quem pertencerá, e qual será o seu futuro?
Os três espectáculos da Instável Orquestra são baseados na narrativa "A Emocionante História de Francisco, Afonsina e Outras Coisas Mais", resultante dos laboratórios desenvolvidos com cinco grupos numerosos de faixas etárias muito diferentes, ao longo de quatro meses.
A primeira fase deste grande projecto foi a criação de uma história a partir praticamente do zero. Muitas sessões serviram de ocasião para os grupos discutirem e tomarem decisões sobre o destino dos protagonistas e antagonistas, sobre as questões fundamentais da vida quotidiana, crise mundial, amizade, amor, religião, e sobretudo a mensagem que a história transmite.
A segunda fase compreendeu a divulgação do texto da história por todas as escolas do concelho de Santa Maria da Feira, com o envolvimento criativo dos professores e crianças, insistindo na possibilidade de contribuir de forma activa para o resultado final das representações. Paralelamente, o texto foi entregue aos contadores de histórias, que criaram uma versão própria, partilhada por grupos autores do texto.
A terceira fase é o ciclo de espectáculos a apresentar no Imaginarius.
“Venham, venham meus senhores, os contadores estão na praça.”
Na primeira noite do Festival, o público terá uma ocasião única para ouvir a história criada pela Instável Orquestra, contada por dois contadores de histórias acompanhados por um conjunto musical de mais de 150 pessoas. O resultado é extraordinário e atinge dimensões épicas de um cinema sem imagens, ao mesmo tempo apresentação de arte antiga de contar as histórias e uma expressão artística nova.
Os dois contadores de histórias - Celina Pereira, de Cabo Verde, e Thomas Bakk, do Brasil - são porta-vozes de tradições de países lusófonos, dois artistas conceituados que contribuem com o seu espírito nesta experiência artística.
“Grande Concerto 2010”
Na segunda noite do Festival, a Instável Orquestra apresenta um espectáculo muito diferente, dando mais tempo às músicas originais que acompanham a história, criadas durante os laboratórios de improvisação da Orquestra. Estando envolvidas no processo criativo 82 escolas primárias, com os seus 6000 alunos, será dado um justo espaço a esta participação colectiva.
O contador de histórias Thomas Bakk vai contar diferentes finais possíveis da história, inventados pelo próprio, por alunos das escolas ou pelo público presente na praça.
Vamos questionar o público: como é que uma história acontece ao longo da estrada nacional N.1, entre Sanguedo, Lourosa e S. Miguel de Souto, e ao mesmo tempo chega até ao início do mundo, na procura de soluções para problemas, amores e amizades entre os personagens.
“Incrível viagem de Francisco até o início do mundo”
Na terceira noite do Festival, a tradicional parada das escolas do concelho de Santa Maria da Feira, com a participação de mais de mil crianças, que nesta ocasião representam os mil pássaros, protagonistas importantes da história, torna-se um espectáculo irrepetível.
O laboratório de construção de marionetas de pássaros, do artista brasileiro Evaldo Barros, deu a possibilidade a cada criança de explorar a sua própria criatividade. Um boneco gigante muito especial, criado por professores das escolas primárias, acompanhado por uma coreografia colectiva, vai ser o centro da parada.
Este processo longo de criação total envolveu narrativa, música, artes plásticas, dança e outras artes a seguir. A grande cena final fica em segredo, revelado só para o público presente na praça.
Exposição
A Casa do Moinho torna-se uma galeria de arte que acolhe uma exposição, comissariada por um grupo de professores das escolas primárias, aberta ao público todos os dias do Festival. É uma ocasião para espreitar além dos nossos espectáculos e concertos, e uma viagem pela imaginação de um enorme número de crianças e professores de 82 escolas, que interpretam “a história” através da escrita, desenho, escultura, projecções, instalações.
É uma exposição de arte infantil e escolar, e também uma visão do processo criativo da Instável Orquestra, um registo de oito meses de todos os trabalhos que precedem as representações finais.
Aleksandar Caric
Data: 27, 28 e 29 Maio
Criação Imaginarius
A quem pertencem as histórias populares? Os contos, os cantos? A quem criou, a quem transmitiu, ou a quem ainda hoje conta e canta aquelas histórias, ou mesmo ao povo?
E se uma história popular nasce no ano 2010, a quem pertencerá, e qual será o seu futuro?
Os três espectáculos da Instável Orquestra são baseados na narrativa "A Emocionante História de Francisco, Afonsina e Outras Coisas Mais", resultante dos laboratórios desenvolvidos com cinco grupos numerosos de faixas etárias muito diferentes, ao longo de quatro meses.
A primeira fase deste grande projecto foi a criação de uma história a partir praticamente do zero. Muitas sessões serviram de ocasião para os grupos discutirem e tomarem decisões sobre o destino dos protagonistas e antagonistas, sobre as questões fundamentais da vida quotidiana, crise mundial, amizade, amor, religião, e sobretudo a mensagem que a história transmite.
A segunda fase compreendeu a divulgação do texto da história por todas as escolas do concelho de Santa Maria da Feira, com o envolvimento criativo dos professores e crianças, insistindo na possibilidade de contribuir de forma activa para o resultado final das representações. Paralelamente, o texto foi entregue aos contadores de histórias, que criaram uma versão própria, partilhada por grupos autores do texto.
A terceira fase é o ciclo de espectáculos a apresentar no Imaginarius.
“Venham, venham meus senhores, os contadores estão na praça.”
Na primeira noite do Festival, o público terá uma ocasião única para ouvir a história criada pela Instável Orquestra, contada por dois contadores de histórias acompanhados por um conjunto musical de mais de 150 pessoas. O resultado é extraordinário e atinge dimensões épicas de um cinema sem imagens, ao mesmo tempo apresentação de arte antiga de contar as histórias e uma expressão artística nova.
Os dois contadores de histórias - Celina Pereira, de Cabo Verde, e Thomas Bakk, do Brasil - são porta-vozes de tradições de países lusófonos, dois artistas conceituados que contribuem com o seu espírito nesta experiência artística.
“Grande Concerto 2010”
Na segunda noite do Festival, a Instável Orquestra apresenta um espectáculo muito diferente, dando mais tempo às músicas originais que acompanham a história, criadas durante os laboratórios de improvisação da Orquestra. Estando envolvidas no processo criativo 82 escolas primárias, com os seus 6000 alunos, será dado um justo espaço a esta participação colectiva.
O contador de histórias Thomas Bakk vai contar diferentes finais possíveis da história, inventados pelo próprio, por alunos das escolas ou pelo público presente na praça.
Vamos questionar o público: como é que uma história acontece ao longo da estrada nacional N.1, entre Sanguedo, Lourosa e S. Miguel de Souto, e ao mesmo tempo chega até ao início do mundo, na procura de soluções para problemas, amores e amizades entre os personagens.
“Incrível viagem de Francisco até o início do mundo”
Na terceira noite do Festival, a tradicional parada das escolas do concelho de Santa Maria da Feira, com a participação de mais de mil crianças, que nesta ocasião representam os mil pássaros, protagonistas importantes da história, torna-se um espectáculo irrepetível.
O laboratório de construção de marionetas de pássaros, do artista brasileiro Evaldo Barros, deu a possibilidade a cada criança de explorar a sua própria criatividade. Um boneco gigante muito especial, criado por professores das escolas primárias, acompanhado por uma coreografia colectiva, vai ser o centro da parada.
Este processo longo de criação total envolveu narrativa, música, artes plásticas, dança e outras artes a seguir. A grande cena final fica em segredo, revelado só para o público presente na praça.
Exposição
A Casa do Moinho torna-se uma galeria de arte que acolhe uma exposição, comissariada por um grupo de professores das escolas primárias, aberta ao público todos os dias do Festival. É uma ocasião para espreitar além dos nossos espectáculos e concertos, e uma viagem pela imaginação de um enorme número de crianças e professores de 82 escolas, que interpretam “a história” através da escrita, desenho, escultura, projecções, instalações.
É uma exposição de arte infantil e escolar, e também uma visão do processo criativo da Instável Orquestra, um registo de oito meses de todos os trabalhos que precedem as representações finais.
Aleksandar Caric
Músico poliinstrumentista, actor, educador.
O maestro da Instável Orquestra nasceu em Novi Sad, Sérvia. Trabalhou na antiga Jugoslávia nos anos 80, na área da música de improvisação radical. No mesmo período trabalhou também como escritor e curador na “Matica Srpska”, uma conceituada editora da antiga Jugoslávia. Desde 1991 vive e trabalha em Itália.
Ao longo destes anos tem ainda colaborações com inúmeros músicos e actores, seja como actor, seja como músico e autor de músicas para espectáculos de teatro e dança, como de bandas sonoras para filmes documentários.
É director artístico do "Internacionalni Festival Ulicnih Sviraca" em Novi Sad, o único festival de teatro e música de rua na Sérvia, que regista uma enorme presença de público.
Ensina em Roma no quadro de projecto Mus-e, da International Yehudi Menuhin Foundation.
Actua em muitos países do mundo. Desde Dezembro de 2006, em vários festivais, nomeadamente: Brasil, Portugal, Croácia, Eslovénia, Macedónia, Alemanha, Marrocos, Arménia, Belgica e Sérvia, e em diferentes regiões de Itália.
Celina Pereira
Nascida na bela Boavista, ilha de Cabo Verde, Celina Pereira cresceu no Mindelo, onde teve o seu primeiro palco: um banco de cozinha, de cima do qual fez as suas primeiras actuações familiares. Foi também nestas duas ilhas que Celina ouviu as suas primeiras estórias tradicionais, que lhe terão deixado a vontade de as partilhar com crianças de todo o mundo. Em Portugal completou a sua formação de professora, tendo regressado a Cabo Verde para se estrear como cantora. Voltou depois para Portugal, de onde partiu para as suas actuações e pesquisas um pouco por todo o mundo. Pioneira da educação inter-cultural, que iniciou nos Estados Unidos, Celina começou ainda nos anos 90 a registar em audio-livros o resultado desta recuperação das tradições orais. Hoje, com mais de 40 anos de trajecto profissional, é considerada embaixadora da Lusofonia e um dos expoentes máximos da divulgação da cultura cabo-verdiana. E uma das suas vozes mais inconfundíveis e emblemáticas.
Thomas Bakk
O meu nome é Thomas Bakk, assim consta nos papéis.
Nos folhetos de almanaque, sou o Senhor dos cordéis.
Trabalho desde miúdo no ofício da criação,
Fazendo um pouco de tudo, por vício da profissão.
Formado em Arte Dramática, nunca aprendi a lição.
Quem me ensinou foi a prática, sem pós, nem graduação.
No início actuei na rua, sozinho pra multidão,
despido, com a cara nua, Só de fato-macacão.
Chamavam-me nessa altura pela alcunha mais fiel
De “Operário da Cultura” do Teatro de Cordel.
Cansado de ser o bobo da corte, sem um tostão,
Fui eu para a Rede Globo ser autor de televisão.
Voltei às origens tesas, trabalhando desde então
com teatro nas empresas, no campo da formação.
Não aguentando a vileza o produtor, meu patrão,
deitei as cartas na mesa, para a minha demissão.
Fui trabalhar nas escolas, na área da educação,
Levando teatro às tolas, em forma de intervenção.
Enquanto o ofício cénico só me rendia vanglórias,
Deixei de ser académico, pra ser contador de histórias.
Resgatei meu cariz lúdico e não me arrependo disso,
Pois trabalho para o público, sendo apenas um castiço!
Ficha Técnica e Artística
Direcção Artística Geral: Aleksandar Caric
Coordenação do Projecto: Lisete dAcosta - Divisão de Acção Social
Equipa Orquestra: Marta Carvalho, Rita Castro, Marco Gonçalves, Pedro Santos, Sílvia Medina, Helena Santos
Maestros Colaboradores: Manuel Luís Azevedo, Mafalda Campos Leite, Saudade Campos
Contadores de Histórias Convidados: Celina Pereira – Cabo Verde, Thomas Bakk - Brasil
Solista Convidado: Alessandro Federico - Clarinete
Equipa Parada: coordenação - Ana Carvalhinho, Pelouro da Educação; Manuel Gregório, Ana Rita Leite, Cristiana Pinto, Daniel Costa
Equipa Exposição: coordenação – Carla Palhares, Pelouro da Educação, Sónia Guedes, Sofia Lages, Tatiana Santos, Nuno Cunha
Multimédia: Carlos Brandão
Elementos da Orquestra
- EB2,3 e Secundária Dr. Moisés Alves de Pinho – Fiães
- Grupo feminino do Ferradal - Fiães
- Associação Alcoólicos Recuperados de Santa Maria da Feira
- Grupo de Percussão Rufus e Circus – Município de Santa Maria da Feira
- Banda Rock “The Paper Ash”
- EB1 de Barroca - Fiães
- EB1 de Soutelo - Fiães
- EB1 de Vendas Novas – Fiães
- Banda Musical de Souto
- Academia de Música Feira (elementos da orquestra de sopros e coro juvenil)
- Coro da Universidade Sénior
- Elementos de Banda Marcial do Vale
Co-produção: Centro de Criação para o Teatro e Artes de Rua/Imaginarius
Promotor: Câmara Municipal de Santa Maria da Feira – Divisão de Acção Social e Pelouro da Educação, Cultura, Desporto e Juventude
Agradecimentos
Trabalhadores do Estaleiro da Câmara Municipal de Santa Maria da Feira, pela colaboração no apoio técnico da exposição.
Conselho Executivo e funcionários do Agrupamento de Escolas de Fiães, pela colaboração na cedência do espaço físico para ensaios.
Academia de Música de Santa Maria da Feira, pela colaboração na cedência do espaço físico para ensaios.
Universidade Sénior (Maestrina Saudade Campos).
Academia de Música da Feira (Maestrina Mafalda Campos Leite e Maestrina Ana Silva).
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