domingo, 23 de dezembro de 2012

La Fura dels Baus – Encerramento Guimarães 2012



Como havia prometido, não pedira faltar, pelo menos ao último capítulo da saga de repetições originais, pontuadas de figuração comunitária, com que La Fura dels Baus e o CCTAR nos brindaram em Guimarães. Não poderia continuar a escrever sem ver ao vivo, o que pelas imagens já se me era dado a adivinhar… e arrisco falar em flop do Toural.
Um mega aparato para meia hora de “mais do mesmo” com pouco ritmo e nenhuma intensidade dramática. La Fura usaram os mesmos bonecos de sempre, um deles que já viera do Naumon [2004], mas desta vez quase estáticos, senão mortos… o coração de tochas ninguém o viu, perdão, apenas a grua da televisão o conseguiu ver.
A linguagem furera esteve por lá… tímida e complexada, no meio de um Largo fluído, ao contrário do que seria de esperar.
Mostram-nos um videomapping… videomapping!? Um simples vídeo com um ligeiro mapeamento, diria eu. Mas deixo essa parte para os especialistas… há coisas que se pagam bem para valerem a pena!
Uso abusivo do céu, com elementos já de nós conhecidos… um poema que já não marca: há 12 anos já o ouvi associado à inauguração da Biblioteca Municipal de Santa Maria da Feira, tendo sido perpetuado até hoje nesse alinhamento.
Não irei escrever muito mais… fica apenas o registo de uma “xarxa” (a rede humana) mais curta e estática do que o habitual. Mas afinal de contas já será a sua QUARTA vez em Portugal: 2005 – Imaginarius – Santa Maria da Feira; 2008 – NAUMON – Lagos; 2011 – Agitágueda – Águeda; 2012 – Guimarães. Opps…
No final reinou o silêncio na praça… aplausos artificias e muitas dúvidas, numa altura em que eu tinha certeza: acabou! Foi preciso um speaker cinco minutos depois do espectáculo informar que tudo havia acabado para que a saga de assobios tivesse início… e assim terminou a Capital Europeia da Cultura.
Oxalá Marselha dê mais vida às artes de rua… tal como promete!

NOTA: O mesmo não poderei dizer restante programação, enquadramento e espírito vivido e sentido na cidade. Mas no que às Artes de Rua diz respeito, apesar do impacto e do aparato, estivemos francamente MAL representados.

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Diretores artísticos de festivais internacionais discutem novos paradigmas da programação

“Novas Realidades, Novas Programações?” é o tema da primeira Conversa Imaginarius’13, que vai sentar à mesma mesa diretores artísticos de cinco festivais internacionais, para debater os novos paradigmas da programação cultural. O encontro realiza-se dia 13 de dezembro, às 21h30, no Museu do Papel Terras de Santa Maria, em Paços de Brandão – Santa Maria da Feira.

Mário Moutinho, diretor artístico do FITEI – Festival Internacional de Expressão Ibérica, Tiago Guedes, diretor artístico do Festival Materiais Diversos, Aleksander Caric, diretor artístico do Festival Ulicnih Sviraca, Novi Sad – Sérvia, Manuel González Fernández, diretor da Feria de Teatro de Castilla y León, Ciudad Rodrigo – Espanha, e Hugo Cruz, diretor artístico do Imaginarius – Festival Internacional de Teatro de Rua de Santa Maria da Feira, são os convidados deste primeiro encontro, moderado por Nuno F. Santos, jornalista do magazine Diário Câmara Clara, da RTP2.

Recorde-se que uma das linhas estratégicas assumidas pela organização do Imaginarius para a 13ª edição do Festival, que se realiza de 24 a 26 de maio do próximo ano, no centro histórico de Santa Maria da Feira, passa por garantir uma programação continuada ao longo de todo o ano, com iniciativas abertas à participação de todos os interessados.

Ações como as Conversas Imaginarius visam ainda reforçar a importância do trabalho em rede entre os festivais e da circulação de criadores e obras entre as diferentes plataformas para o enriquecimento cultural.

O apoio à criação nacional, a capacitação das estruturas artísticas locais, o estímulo às criações originais do Festival, o envolvimento das comunidades locais e a promoção do contacto entre artistas nacionais e internacionais são outras componentes a reforçar nesta 13ª edição, organizada pela Câmara Municipal de Santa Maria da Feira e empresa municipal Feira Viva, com direção artística de Hugo Cruz.

Informações | Conversas Imaginarius
Tema: “Novas Realidades, Novas Programações?”
Data: 13 de dezembro
Hora: 21h30
Local: Museu do Papel Terras de Santa Maria
Morada: Rua de Riomaior, Paços de Brandão – Santa Maria da Feira
Entrada: gratuita
Informações: tlm +351 918 171 304 ou e-mail programacao@imaginarius.pt

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Imaginarius integra projeto artístico transnacional

O Imaginarius – Festival Internacional de Teatro de Rua de Santa Maria da Feira faz parte de um projeto artístico transnacional, apoiado pelo Programa Cultura da União Europeia, que envolve artistas da África do Sul, França, Portugal e Irlanda do Norte.

O projeto Urban Ballets é uma rede bailarinos e músicos que trabalham no espaço público, na vertente de danças urbanas, que visa, por um lado, divulgar o património cultural e artístico da África do Sul na Europa e, por outro, consolidar intercâmbios e promover a circulação de artistas e projetos entre ambos os territórios.

Partindo de um reportório e de uma coreografia comuns, o projeto Urban Ballets será adaptado à cultura de cada território, envolvendo a participação das comunidades locais. O espetáculo vai circular pelos festivais das quatro cidades envolvidas: Carnaval des Deux Rives (Bordeaux – França), Festival Imaginarius (Santa Maria da Feira - Portugal), Carnaval de Belfast (Belfast - Irlanda do Norte) e National Arts Festival (Grahamstown - África do Sul).

A 13ª edição do Imaginarius realiza-se de 24 a 26 de maio do próximo ano, no centro histórico de Santa Maria da Feira, numa organização da Câmara Municipal e empresa municipal Feira Viva.

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Imaginarius 2013 - 24 a 26 de Maio

O Imaginarius – Festival Internacional de Teatro de Rua de Santa Maria da Feira, considerado o maior festival de Artes de Rua em Portugal e uma referência internacional, vai ter uma programação continuada ao longo de todo ano. Esta é uma das linhas estratégicas assumidas pela organização para a 13ª edição, cujo ponto alto acontece nos dias 24, 25 e 26 de maio do próximo ano. 

O apoio à criação nacional, a capacitação das estruturas artísticas locais, o estímulo às criações originais do Festival, o envolvimento das comunidades locais e a promoção e contacto entre artistas nacionais e internacionais são outras componentes a reforçar nesta 13ª edição, que tem como diretor artístico Hugo Cruz. 

O Imaginarius tem um percurso consolidado de 12 anos na promoção das Artes de Rua em Portugal e continua a ser o palco privilegiado de conceituadas companhias nacionais e internacionais de teatro de rua que elegem o espaço público de Santa Maria da Feira para apresentar os seus espetáculos, muitos deles em estreia absoluta. 

O Imaginarius é organizado pela Câmara Municipal de Santa Maria da Feira e empresa municipal Feira Viva.

domingo, 28 de outubro de 2012

Rua Livre Portugal 2012



Este fim-de-semana, Portugal esteve em força de mãos dadas com o movimento Rue Libre. Em terras lusas, multiplicaram-se as acções de rua, dando simbolismo à devida utilização do espaço público e à atribuição do devido valor aos artistas de rua, promovendo o seu trabalho.
De norte a sul do país aconteceram apontamentos, sempre com um denominador comum, o texto manifesto Rua Livre Portugal 2012 – Rua: Nossa Casa Comum, Uma Gaiola de Liberdades, da autoria de Nuno Paulino, Artelier?. E é daí mesmo que nasce este movimento em Portugal, da vontade da Artelier?, nasce a parceria com a PAR, o FIAR e a Bússola, nascendo com isso acções em diversos pontos do país.
Em Lisboa/Loures, em Palmela, em Vendas Novas, em Cascais e em Santa Maria da Feira decorreram momentos Rue Libre | Rua Livre, tal como as fotos documentam.

«Claro que somos bons, somos maiorais, somos belos, bonitos somos sempre a abrir, somos sem duvida e pelo menos, os melhores das nossas rua, e somos tantos e tão bons que as queremos todas para nós, não vendemos as nossas ruas!!! »

Rua Livre 2012 - Santa Maria da Feira

 
 
 
 
 

Rua Livre 2012 - Cascais


Rua Livre 2012 - Vendas Novas


Rua Livre 2012 - Loures


Rua Livre 2012 - Palmela


sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Rua Livre Portugal 2012 - Manifesto

Como previsto decorrerão este fim-de-semana cinco ações Rue Libre em Portugal, em que todas terão um denominador comum: a leitura de um texto manifesto que pretende dar voz às nossas ruas.
Para quem não pode estar presente em nenhuma das ações previstas, fica o convite à realização de pequenos apontamentos, em que a simples leitura deste texto no espaço público, devidamente documentada com uma foto para partilha nas redes sociais, será uma marca vincada.

Rua: Esta é a nossa Casa Comum! Uma gaiola de Liberdades 

A rua não é livre, a rua tem impedimentos, tem paragens a mais, e sinais de trânsito, na província tem buracos e no inverno poças de agua. A rua não é quente, ou então até queima, a rua não é um palco, pois a porcaria do sol nunca se cala ou quando se cala obriga nos a acender o fogo. 

Épa a Rua é tramada porque tem putos aos magotes nas praças, e porque mesmo quando decido estar imóvel todos me querem ver quebrar, todos implicam com o meu pestanejar subtil. 

A rua não é de todos tem donos, rua do este e rua daquele, enfim a rua não é rua, pois num instante é avenida ou praça, e quando é praça e se enche de gente a rua é um circo, ou pior um teatro de malucos, uma roda de capoeira, uma gaiola de liberdades. 

Sim a rua é uma gaiola de Liberdades, atentemos á liberdade de poder ser palhaço, de tocar guitarra ou mostrar uma estátua, é uma liberdade engaiolada, é uma liberdade condicional, podemos pagar o lugar à câmara? E depois pagamos recibo ao cliente? , Obrigado diz o homem estátua enquanto da sua boca um pequeno papelinho impresso sai acompanhado pelo barulho de uma impressora de agulhas ruidosa, Volte sempre, e faz uma vénia…a Rua Não é para nós. 

Atentem, Atentem ás liberdades da rua, vejam as capitais da cultura, olhem para Guimarães, vejam a liberdade com que “O capital” da cultura contratou 6,66 ou 666 espectáculos a uma companhia da Catalunha, ( ai o PIB ai o PIB o caraças, ai mas é o púbis gelatinoso que se baba de negociatas) enquanto por toda a parte as nossas companhias correm a merda da cortina. Cortina? qual cortina a cortina? da rua é uma guilhotina afiada, ainda por cima é enorme e impossível de arrumar no camião, junto com a cabeça do monarca ás voltas no tumulo com os incidentes do caso da bandeira de pernas para o Ar, ai a república, Ai as mamas da república secas de dar de mamar a estes donos da bola (sim a rua é feita para jogar á bola). 

Quem foi que disse - o teatro é para ser praticado por todos, imaginem que até os atores podem fazer Teatro…Ai vejam esta rua, vejam esta rua, vendida nas jogadas dos agiotas dos dinheiros públicos, e nos encerramentos das maternidades artísticas, que treta de rua, que rua fechada para obras, que rua tão íngreme de desigualdades e previlégios. 

Esta é uma rua de liberdade Condicionada, é uma refém dos negociantes, das Industrias Criativas, do supermercado da rua, do texto em pacotinhos, dos reis suspensos pelo cú de ténis nike e ainda assim convencidos que são Afonsos e que são também Henriques. 

Que rua livre? que Treta? uma rua de ministérios desaparecidos , enfim, uma rua onde a cultura é um mistério, o MISTÈRIO DA CULTURA. 

Uma rua de tal forma “Desen-ruaizada” não pode dar outros frutos senão Poesia, não pode gerar outros filhos senão “movimento”. A nossa rua, não é nossa, nós somos a rua , aqui não há textos . A rua é o texto e também contexto. A nossa rua é global, é Europa, América, Ásia, África, e não aceita os mercados excepto os de sábado de manhã para as compras ou quem sabe para uma animação, a nossa rua não serve para vender carros topo de gama, mas usa com amor os modelos já estafados, a nossa rua é nua, mas é bela como os seios das estátuas da república, e quente como os seios das morenas do Brasil. A nossa rua está-se nas tintas para a exportação de pasteis de nata, mas acredita que a cultura é a alma deste povo, de todos os povos! 

A nossa rua não é um palhaço, nem dois nem sete, a nossa rua são milhões de Maravilhas a celebrar, não tem malabarismos televisivos nem celebra um actor pelo numero de vezes que aparece na Televisão, a nossa rua não é um episódio com meninos feitos de fruta e chantily, a nossa rua é uma epopeia mística, aqui somos os anónimos do “sambódromo” coração da festa, pedra do castelo, nesta nossa rua somos todos vedetas, somos todos !oscarizáveis!, somos fortes, confiantes, criativos, emotivos, amaveis, brincalhões, somos sensíveis, modernos, previdentes, somos enfim os melhores, sim somos os melhores mas por favor nós sabemos, vós sabeis , todos sabemos, portanto saibamos saber sem atentar a nossa digna confiança! 

 Claro que somos bons, somos maiorais, somos belos, bonitos somos sempre a abrir, somos sem duvida e pelo menos, os melhores das nossas rua, e somos tantos e tão bons que as queremos todas para nós, não vendemos as nossas ruas!!! não cedemos para publicidade, não aceitamos interdições e baias de segurança, não desejamos mais acções de marketing para vender vidrinhos a “papurços” até porque, na nossa rua estamos tesos , sem dinheiro, despedidos, desempregados. Despedimo-nos uns dos outros e das nossas ruas, despedimo-nos porque fomos despedidos, ah como as ruas e o ócio podem aguçar-nos a arte, refinar-nos a astúcia , ai como o abandono nos pode tornar seres sociais, culturais logo perigosos, 

A rua não está em Perigo, a Rua é um Perigo!!! Eu disse Rua UPS…deve Ler-se ARTE!!! corrijam :) 
Enfim por favor… 
Não nos fodam a rua!!! Esta é a nossa Casa Comum! 

Nuno paulino artelier? 
Plataforma das artes de rua 
Rua livre portugal 2012

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Mapa Rue Libre incluí Portugal


Rua Livre Portugal 2012



Rua Livre é um manifesto pelo espaço público. Rua Livre é um alerta para as nossas ruas, paras as nossas praças… para a utilização do nosso espaço público. 

Pela terceira vez, Portugal associa-se ao movimento Rua Livre, na sombra do francês Rue Libre, uma organização da Fédération Nationale des Arts de la Rue que ao longo dos anos se caracterizou pela sua dinâmica e ações marcantes.


Responsável pela génese do movimento em Portugal, a Artelier? associa-se em 2012 a outras entidades, dando vida a ações por todo o país. A PAR – Plataforma das Artes de Rua, o FIAR – Centro de Artes de Rua de Palmela e a Bússola| Plataforma para o Desenvolvimento Artístico e Cultural responderam positivamente ao desafio e juntam-se à causa do espaço público.

No próximo fim-de-semana decorrerão ações em diversos pontos do país, estando o convite aberto a todos os artistas para novos apontamentos espalhados pelo país.

Dia 27, em Vendas Novas, Loures, Lisboa e Palmela serão desenvolvidas ações de rua, com convite à participação de artistas e público, que unidos darão voz à causa do espaço público. No dia seguinte, a ação decorrerá em Cascais e Santa Maria da Feira. 

Em todos os locais onde se irão desenrolar os apontamentos Rua Livre em Portugal será lido um texto manifesto da Plataforma Rua Livre Portugal, redigido por Nuno Paulino, e que será disponibilizado através do Facebook.

Assim, reforço o convite à mobilização e à participação de todos os intervenientes das atividades artísticas desenvolvidas no espaço público.

domingo, 21 de outubro de 2012

Rua Livre | Rue Libre

Em 2012 o projeto “Rue Libre” (RUA LIVRE) regressa a Portugal. O conceito que nasce das mãos da Fédération Nationale des Arts de la Rue [França] chegou há alguns anos a Portugal pelas mãos da Artelier? – Teatro de Rua, com o objetivo de promover o espaço público como local privilegiado para a criação artística, dando maior visibilidade ao artista de rua. O mês de Outubro é dedicado a este objetivo, sendo o último fim-de-semana marcado pela maior concentração de iniciativas. 

Este ano, a Artelier? – Teatro de Rua junta-se à PAR – Plataforma das Artes de Rua, ao FIAR – Centro de Artes de Rua de Palmela e à Bússola | Plataforma para o Desenvolvimento Artístico e Cultural, criando novos apoiantes para o movimento e potenciando, com isso, o incentivo ao acontecimento de apontamentos que marquem esta iniciativa em múltiplos pontos do país. Assim, no fim-de-semana de 27 e 28 de Outubro, Portugal volta a surgir no mapa “Rue Libre”. Lisboa, Palmela e Santa Maria da Feira são os locais para onde os convites à mobilização dos artistas e público estão dirigidos, permitindo a criação de apontamentos “Rue Libre”, adequados à realidade nacional. 

O Rua D'Emoções estará atento e em cima do acontecimento, para deixar vivas as marcas deste movimento e dar conta dos acontecimentos em território nacional. Os apontamentos Rua Livre terão lugar no dia 27 de Outubro em Lisboa e Palmela e no dia 28 de Outubro em Santa Maria da Feira.
Fica o apelo à participação.

Artelier? - Manel Dança Maria

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Move.AR – Mostra de Artes de Rua de Setúbal

A Move.AR – Mostra de Artes de Rua de Setúbal está de volta à cidade, com novidades e muita animação. Concentradas no dia 22 de setembro, entre as 10h e as 23h, as atividades decorrem na placa central da Avenida Luísa Todi, no Centro Histórico e no restaurante Passo do Olival, celebrando as artes criadas para o espaço público.
O Teatro do Elefante organiza a Mostra e participa com alguns dos seus projetos, bem como artistas e estruturas convidadas.
Estimular múltiplos modos de articulação entre as diversas formas de arte, no campo da criação artística contemporânea, para o espaço público, um conceito que se mantém desde 2009, iniciado com o ‘I Concurso de Estátuas Vivas de Setúbal’.
O Programa de 2012 começa pelas 10h no Largo da Ribeira Velha, com  Pintura em parceria com o projeto ‘Mãos Dadas’, a decorrer no âmbito do Ano Europeu do Envelhecimento Ativo e da Solidariedade entre Gerações, em que a participação de todos é bem vinda.
A partir das 10h30 e das 17h30 as ruas da Avenida Luísa Todi e do Centro Histórico enchem-se de música e cor com a animação de rua ‘Irmãos Esferovite’, um quarteto de palhaços que surpreende comnúmeros de malabarismo, equilibrismo, acrobacia e um reportório musical composto por músicas originais e versões que passam pelo o universo da banda desenhada, e do circo. Ainda no período da manhã a placa central é o palco do projeto ‘Teatro de Feira’, pelo Teatro do Elefante, que convida todos a ouvir e descobrir uma história ‘À Velocidade da Luz’, e ainda a lenda ‘A Filha do Senhor Avaro’.
As sessões de contos têm um valor simbólico de 1€, dirigem-se a todos os públicos e decorrem pelas 10h30 e pelas 15h.
A tarde de sábado é marcada pela presença da Estátua Viva ‘Staticman’, que regressa a Setúbal depois de ter batido o record mundial no passado sábado em Tomar, com o tempo de 5hr,5mnt,e 6 seg. O recordista presenteia o público setubalense juntando-se à Move.AR a partir das 17h no Largo da Ribeira Velha.
Às 18h as ilustres figuras ‘Sr. Q e Dona Ofélia’ percorrem as ruas do Centro Histórico, Sr. Q, mentiroso de profissão é, também, um contador de histórias antigas, mobiliza massas de gente, fazendo-se acompanhar do seu fiel megafone verde, Dona Ofélia, profissional da promoção de boas práticas, desloca-se de bicicleta e partilha os seus princípios ecológicos das formas mais inesperadas e divertidas.
O dia aproxima-se do fim com a Conversa ‘Sorrir na Palestina’, dinamizada pela Associação Nuvem Voadora, a partir das 21h no restaurante Passo do Olival, onde é exibido o documentário ‘Clowning Palestine’ sobre a participação dos ‘Irmãos Esferovite’ no Festiclown Palestina. A conversa que visa mostrar como um exército de narizes vermelhos pode assumir um papel interventivo e de esperança nas diferentes sociedades, em particular naquelas em que não está garantido o integral cumprimento dos direitos humanos.
A Move.AR termina com a Festa das Artes de Rua, a partir das 22h no restaurante Passo do Olival, animada pela música de The Caravan Trip, trio composto por – João Manata na guitarra e voz, João Figueiras na bateria e o baixo de Daniel Manata. Convidamos todos a partilhar a sua música, celebrar a rua e a arte, a resistir à solidão, a mover o mundo e a juntarem-se ao Teatro do Elefante.

A ‘Move.AR – Mostra de Artes de Rua de Setúbal’ decorre no dia 22 de setembro, é organizada pelo Teatro do Elefante, contando com o apoio da Câmara Municipal de Setúbal. As ações são de participação gratuita e dirigem-se para todas as idades. Informações podem ser cedidas pelos contatos da Estrutura, 265 535 640, 927 751 881 ou elefante@teatrodoelefante.net.

@ Gazeta dos Artistas

terça-feira, 10 de julho de 2012

Movimento pela Caixa das Artes JÁ! - Comunicado - 10 JUL 2012

O Movimento pela “Caixa das Artes JÁ!” congratula-se com a decisão da autarquia de Santa Maria da Feira, hoje divulgada através da Agência Lusa. Segundo comunicado desta agência noticiosa, terá caído a substituição integral do projecto Caixa das Artes pelo espaço do Europarque, obviamente desadequado à plataforma de criação.

Emídio Sousa, vice-presidente da Câmara Municipal de Santa Maria da Feira, afirmou que, agora, se pretende apenas «substituir a construção de raiz do Pólo 2 da Caixa das Artes, vocacionado para a exibição de espectáculos, pela instalação dessa estrutura no centro de congressos Europarque». Com isto, salvaguarda-se a premissa base deste movimento: a salvaguarda do projecto íntegro e coeso para a plataforma de apoio à criação em artes de rua e performativas, cuja definição do futuro esteve em dúvida ao longo dos últimos 3 meses. Ficará a salvo o Pólo I da Caixa das Artes (imagem 1), por sinal a estrutura base de todo este processo.

Imagem 1 – Caixa das Artes – Pólo I – Academia [NOV 2011]
[imagem Câmara Municipal de Santa Maria da Feira]

Devemos recordar que o Pólo 2 nasceu numa fase posterior e bem mais tardia deste percurso (há cerca de ano e meio) rumo ao apoio à criação em artes de rua, dando mais valor à intenção de requalificar o Cine Teatro António Lamoso. Assim, mesmo salvaguardando o conceito essencial do projecto e tendo em conta que, para a exibição de espectáculos das mais diversas índoles o Europarque dará uma resposta adequada, devemos recordar que a eventual eliminação do Pólo 2 nunca poderá acontecer se não forem cumpridos 2 requisitos básicos:
i) a requalificação ambiental da Pedreira da Pena, com a sua ligação à cidade pela praça amplamente anunciada, assim como a possível utilização do espaço para a apresentação de projectos de artes de rua (do projecto original o palco/jangada seria um conceito a manter);
ii) o abandono da substituição do Cine Teatro António Lamoso nunca poderá acontecer sem a salvaguarda do devido investimento na requalificação do profunda do espaço, com a plena convicção de que sem uma intervenção profunda e estrutural esta sala corre o risco de se tornar obsoleta e desadequada ao mercado cultural, a curto prazo.

Esperamos que esta decisão não volte a ser temporária e que o prazo, já demasiado tardio, de «arranque da obra em meados de 2013» não volte a ser vítima de outro qualquer atropelo. No entanto, consideramos que a Feira, os artistas, as companhias e as estruturas não podem esperar até 2014 pelo funcionamento da plataforma de criação. Mesmo sem o espaço físico, a Caixa das Artes deverá iniciar a sua actividade o quanto antes, dando mais valor à produção local que enfrenta o desafio da exportação de projectos.

Acreditamos no futuro: acreditamos na Caixa das Artes JÁ!

O Movimento pela Caixa das Artes JÁ!