sábado, 18 de fevereiro de 2012

Cirque Mechanics @ Auditório dos Oceanos


Ontem foi dia de um primeiro contacto. Estive, pela primeira vez, frente a frente com CIRQUE MECHANICS. Um projecto que se revela enérgico, irreverente, interactivo, simples e linear, mas de uma genialidade absoluta.
A abordagem ao novo circo faz-se através de elementos mecânicos e como cenário temos uma fábrica, na ânsia de explorar as emoções depressivas do local, dando-lhes uma conotação mais positiva. Tudo começa, assim mesmo, depressivo, frio e desumano… mas, ao longo do enredo, a componente teatral da companhia mostra-se de forma imponente, transformando uma simples fábrica numa máquina produtora de sorrisos.
Opps, invasão de pássaros… invasão de vida. Algo muda neste mundo tão especial. Depois do intervalo há nova gerência, números mais acrobáticos, uma banda sonora vibrante e números sombra fabulosos. Assim nasce a BIRDHOUSE FACTORY.
A genialidade mostra-se ainda mais e CIRQUE MECHANICS poderão resumir-se a uma palavra: fantabulásticos. Fazendo jus ao nome da produtora responsável pela sua presença em Portugal, só haverá uma palavra a dizer: UAU!!!

sábado, 4 de fevereiro de 2012

TOTEM by Cirque du Soleil [Royal Albert Hall]




TOTEM é uma das mais recentes produções dos mestres canadianos do Cirque du Soleil. Depois da sua estreia em 2010, tem-se limitado aos EUA e Canadá, com um duplo salto a Londres. Neste prolongamento da segunda estadia decidi saltar também à Capital Europeia das Artes Performativas. 

O ambiente no Royal Albert Hall parecia de tudo menos de circo. A mística apenas se fazia sentir na mini loja que se apresentava em cada uma das quatro áreas de acesso ao recinto. Confesso, não gostei do ambiente. Já na sala, a dimensão do cenário dilui-se na imponência da sala… e nada mais se consegue relatar do que a portentosa arquitectura do espaço. Senti-me num coliseu a aguardar por uma peça de teatro… e não numa tenda ou numa arena na ânsia de mais um projecto Cirque. 

Quanto ao espectáculo em si, resumiria tudo em poucas palavras: do homem das cavernas à Era espacial, Cirque du Soleil conta, à sua maneira, a história da humanidade com uma simplicidade impressionante. Verdadeira simplicidade, envolta numa enormíssima complexidade de números de circo inovadores e alternativos. A cenografia e os efeitos especiais não serão comparáveis aos projectos que pude ver com os meus olhos recentemente, não deixando de ser completamente alinhados com a dinâmica e irreverência tão características. 

Bem sei que os britânicos são MUITO calmos, mas nunca imaginei, no meio de 3500 pessoas chegar ao cúmulo de estar perante o único par de mãos a fazer barulho (as minhas). Vale que a fenomenal acústica da sala ajudou a projectar o som e, como eles aprendem depressa, no final o impossível aconteceu e parecia uma festa… britânicos extrovertidos… uau! 

Em resumo, fica uma palavra fenomenal...