quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Imaginarius 2012

Estavam prometidas novidades e aí estão elas. O Imaginarius - Festival Internacional de Teatro de Rua de Santa Maria da Feira apresenta-se, em 2012, para a sua 12ª edição com novo figurino e muitas inovações. Mais pormenores serão conhecidos brevemente. Para já, ficam as datas... de 25 a 27 de Maio de 2012 volta a respirar-se teatro de rua em Santa Maria da Feira.

O Imaginarius - Festival Internacional de Rua, está de volta em 2012 para a sua 12ª edição, nos dias 25, 26 e 27 de Maio em Santa Maria da Feira.
É um evento de qualidade impar na área das Artes do espectáculo, sendo a principal referência do Teatro de Rua em Portugal.
Este festival procura impulsionar o teatro de rua através da mostra de espectáculos e projectos de incontornável qualidade internacional, a realizar em espaços abertos e públicos no centro histórico de Santa Maria da Feira.
O Imaginarius pretende ser muito mais do que um conjunto de espectáculos. Por isso, em simultâneo, decorrem iniciativas culturais das quais merecem particular destaque as residências artísticas e as exposições complementares. 
A realização de exposições complementares aos espectáculos, cuja temática esta intimamente associada ao teatro, pretende valorizar o património cultural e animar o centro histórico de Santa Maria da Feira e contribuir para a afirmação da cultura portuguesa e europeia.

2 comentários:

Anónimo disse...

TÃO GRANDES, E TÃO BACOCOS!...

É como me sinto depois de ver as imagens da Abertura de Guimarães Capital da Cultura 2012...
...Déjà vu! Onze anos depois do Imaginarius, parece que voltei à Pré-História do Teatro de Rua em Portugal. O que me espanta mais é nunca termos saído de lá.
Alguém acreditou que a política podia: não, ser diferente, mas sim, fazer a diferença... Onze anos depois, neste país, ainda não vemos a diferença!
Onze anos depois, na nossa terra, também ainda não vemos a diferença... apenas o déjà vu, após déjà vu, após dejà vu...
Parece que estamos condenados ao momento. “Àquele” que nos vai trazer a eternidade, mas também aquele mesmo que morre à nascença porque nunca foi criado para nos dar vida, apenas para nos animar, “O Povo” : entre o discurso de “criar e promover competências locais” e a “realidade” jazem alguns massacres que não têm a mínima importância para políticos e comerciantes.

Dêem-me mais do mesmo que eu quero!!!!!

É triste quando o génio se rende à banalidade...

O resto é resistência.

O importante é questionar.

Revolta-me a nossa ignorância!

Somos presas da nossa história... E o Berço mata-nos!

Bruno Costa disse...

De facto, dado um vasto conjunto de situações e, inclusive, as informações que tinha que me apontavam esse rumo dos acontecimentos, optei por não ir a Guimarães. Daí que não possa tecer grandes desenvolvimentos, nem mesmo uma crónica daquilo que apenas "compreendi" (ou não) e vi à distância, através das imagens da web.
De facto, no pós Naumon, La Fura têm tido o dom de nos surpreender pela negativa. Quando se falava em (re)criar, mais não aconteceu do que recrutar um elemento de vulto do projecto máximo desta companhia e designá-lo de "Europa", dar vida a um cavalo que viria a ser "Portugal". Efectivamente não me parece que tenha surgido algo de novo, embora sobre o conceito da projecção 3D me tenham chegado algumas considerações bem positivas. Mas nisto, como em tudo, vale o TUDO o CONJUNTO, o NEXO e o SENTIDO... ou a falta deles.

Faz-me muita confusão que a abertura de um projecto europeu que, desde o primeiro dia, se afirmou como montra de (re)criação seja exactamente o contrário. Quando as entidades máximas do projecto falam em criar e não comprar, demonstraram exactamente o contrário. Encomendar um produto pré-fabricado e juntar-lhe uma banda local não será fazer novo.

Se bem que encontramos algumas ligações com as últimas edições do Imaginarius (2009, 2010 e 2011), realizadas sob direcção artística do CCTAR (que também coordenou este projecto em Guimarães, que terá mais 4 capítulos ao longo do ano), onde mais não vimos (salvo raras excepções sem grande dimensão) do que comprar o que estava feito.
Mas nisso o público terá sempre uma palavra a dizer. Em Guimarães, como seria de esperar num local sem história nem tradição neste tipo de artes, tudo aquilo soou a novo... tal como Titanick haviam soado em 2009... daí que a satisfação do público de massas presente tenha sido positiva. O que não quer dizer que o produto e a memória cultural tenho sido de relevo.

Felizmente no Imaginarius optou-se por mudar de rumo, a partir deste ano. O CCTAR já não será responsável pela direcção artística, tendo nascido (a partir do know-how local) uma novíssima direcção de conteúdos que pretende recriar todo o conceito do festival... como se pode ler no centro da cidade estamos a "construir" o Imaginarius 2012... e na próxima semana dar-se-à um passo muito positivo: uma tertúlia com a população interessada no sentido da construção desse novo modelo.

Não deixemos que o berço nos mate, vamos provar que há muito mais vida para lá da maternidade... e que é na escola que a criança de forma e educa... é na adolescência que se (re)constroem conceitos e se desenvolvem novas e curiosas abordagens. Aos 12 anos entramos na idade da rebeldia... seremos suficientemente rebeldes para desconstruir um modelo gasto e pouco rentável e aplicar novas regras ao jogo das artes de rua?