O JN na sua edição de hoje levanta um pouco do véu sobre 7ª edição do Imaginarius - Festival Internacional de Teatro de Rua de Santa Maria da Feira que decorre de 17 a 19 de Maio pelas Ruas e Praças da cidade. Para além dos dois projectos já anteriormente divulgados, José Pina - Director do festival divulga um pouco mais, mas sem entrar em pormenores. Deixo aqui o texto publicado com o JN que permite antever uma edição em cheio para o Imaginarius.
As Tradições do Casamento
São ucranianos, vivem na freguesia de Gião e, para já, são os únicos com presença garantida numa iniciativa invulgar lançada pela direcção do Imaginarius. Seguindo os rituais da Igreja Ortodoxa, Nataliya Rybalkina e Anatoli Zadorozhnyy vão casar a 19 de Maio e, nesse mesmo dia, farão parte da grande parada nupcial inserida no festival de teatro de rua de Santa Maria da Feira.Se as previsões não falharem, outros dois matrimónios serão oficialmente celebrados no âmbito do projecto "Teatro e Casamento na Europa" um pela Igreja Católica e outro segundo os cerimoniais muçulmanos. O objectivo não é fazer um espectáculo, nem explorar a componente religiosa. "O que se pretende é retratar aquilo que é a grande vertente tradicional à volta do casamento - a parte social, em que se incluem os convidados e as roupas", explica ao JN José Pina, director do Imaginarius.Por esse motivo é que, apesar do envolvimento da autarquia em questões de logística, só o desfile dos noivos está incluído no programa do evento. O cortejo vai ser enriquecido com a perspectiva etnográfica dada por ranchos folclóricos de todo o país, que vão exibir trajes do século XIX. Haverá música a acompanhar e espera-se que, "à medida que a marcha for avançando, as pessoas participem, colocando colchas nas janelas, oferecendo prendas ou lançando flores", conclui.O projecto "Teatro e Casamento na Europa" resulta de uma candidatura conjunta apresentada no âmbito do programa Cultura 2000 sob a liderança da Câmara da Feira. Prevê a realização de iguais iniciativas em Itália, Espanha e Irlanda.
http://jn.sapo.pt/2007/03/25/cultura/as_tradicoes_casamento.html
"Donzela" de croché à espera que a resgatem do Castelo
Aideia era recuperar uma arte que se julgava perdida em cima de um móvel ou no fundo de uma gaveta. Só que, afinal, essa arte não está tão perdida quanto isso. A prová-lo estão centenas de mulheres de Santa Maria da Feira que responderam ao desafio de fazer uma colcha gigante em croché, enriquecendo com o manejar do algodão e da agulha o projecto concebido por Joana Vasconcelos para a sétima edição do Imaginarius, festival de teatro de rua que se realiza de 17 a 19 de Maio.Principal instalação urbana do evento, o manto de croché que vai ser colocado no castelo da Feira está a ser elaborado "com muito entusiasmo", nas palavras de Joana Vasconcelos, que pela primeira vez conta com um número tão significativo de colaboradores. Entre mulheres e crianças - estas responsáveis pela confecção dos flocos -, são cerca de 500 as pessoas que se dedicam à "Donzela", assim denominada pela criadora "porque há sempre uma donzela num castelo à espera de ser salva".O projecto até gerou uma certa competição entre as 31 freguesias do concelho. "Isto é uma bola de neve. Umas senhoras trazem as outras e assim vão-se incentivando", refere Lisete Costa, da Divisão Social da Câmara da Feira. No seu entender, o mais complicado até agora tem sido fazer a junção das rosetas, "porque cada pessoa tem o seu ponto".No grupo da Casa da Juventude de S. João de Ver, a tarefa de unir as rosetas está a cargo de Graça Pereira, que vê o seu trabalho facilitado pelos 30 anos que dedicou à arte. Tal como Dona Mariazinha, que sabe bordar desde tenra idade. Aliás, tirando o facto de algumas não pegarem nas agulhas havia tempos, nenhuma destas mulheres se mostra frouxa. "Desenferrujou-se um bocado", atira Graça, enquanto Iolanda aproveita para dizer que o grupo está a pensar "fazer outras coisas em croché" ou juntar-se para "as culinárias". Deste trabalho comunitário vão resultar 12 colchas com motivos diferentes, que serão depois unidas e electrificadas por Joana Vasconcelos, formando-se uma manta gigante. "À noite, será uma linha de luz. De dia, uma coisa muito texturada", diz a artista.
http://jn.sapo.pt/2007/03/25/cultura/donzela_croche_a_espera_a_resgatem_c.html
Outras instalações e estreias de cinema
A sétima edição do Imaginarius irá caracterizar-se pelo "recuperar de tradições e o alertar para áreas muito sensíveis do dia-a-dia do cidadão, como o ambiente e o consumo". A garantia é dada por José Pina, director do evento, que salienta o facto de estarem programadas outras instalações de arte urbana além da colcha concebida por Joana Vasconcelos. Uma delas, afirma, será "totalmente inovadora e permitirá uma grande interacção com o público". Sem levantar muito o véu sobre este projecto em concreto, o mesmo responsável refere que "as pessoas vão poder usar" a referida instalação, que será elaborada com recurso às novas tecnologias. Uma das grandes apostas deste ano reside na "produção nacional a nível de teatro de rua", afirma José Pina, acrescentando que haverá "nomes muito fortes do teatro e de outras áreas da cultura a nível europeu, inclusivamente no 'clown' e no cinema", com a projecção de filmes em estreia nacional.
http://jn.sapo.pt/2007/03/25/cultura/outras_instalacoes_e_estreias_cinema.html
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